22 de fev. de 2010

Colônias

Coleção de desenhos eróticos originais, os primeiros são feitos a partir de 2007, somando até o momento cerca de 400 desenhos. Alguns deles são aplicados a suportes que remetem ao termo que dá nome a essa série, colônias, por serem releituras de objetos coloniais, quando vistos de longe, assumem essa camuflagem, mas chegando bem perto, percebe-se a composição erótica, orgias de corpinhos desenhados, entrelaçados e felizes.
O termo também sugere a uma colônia de bactérias, que quando vista em uma lâmina, percebe-se as bactérias rapidamente se reproduzindo, então é como se elas estivessem trepando o tempo todo, imagine os humanos vistos de uma distância que os corpos ficassem de tamanho relativo aos corpinhos de bactérias, e acelerando o tempo é isso mesmo que acontece, estamos nos reproduzindo o tempo todo, e sendo humanos, estamos copulando mais ainda do que reproduzindo. Enfim, os humanos trepam o tempo todo, em todo lugar do mundo a todo instante. A colônia (feita por colonos, colonização de um lugar) não são diferentes, porque que o que garante a propriedade (pertencimento) de uma terra é o fato de a pessoa tar nascido naquele local. O nascimento sugere a "mistura de dois gêneros", a cópula, o sexo, e no Brasil, nas colônias brasileiras, sugere a mistureba linda que é a miscigenação.



azulejo, parede gentil e quadro com moldura de pinho-de-riga


matéria JB, 2008
a intervenção urbana de 30 metros quadrados (600 azulejos) vira caso de polícia, e fui acusado de ultraje público ao pudor.


Programa de TV Atitude.com, 2008


"lambe-lambe" para a exposição "Liberdade é pouco, o que eu desejo ainda não tem nome"



cadeira Luis XV bordada



aparelho de chá



toalha de corpo (colônias fuckwear)

21 de fev. de 2010

Pet Shop

"blow"


"maquete de pavilhão flutuante"

"galinha"

"quase coisa 2"

"croket"



"brilho invertido"


"quase coisa"



"pedróide"













Esculturas feitas com plástico, "coisas que existem na natureza", e que uma vez tiradas da natureza e transformadas em arte, não mais voltarão pra natureza.


Tampas de garrafa são bem coloridas e podem ser derretidas e a elas dada a forma desejada ou simplesmente a forma que a forma pedir pra ser, muitas vezes a forma é a de uma pedra, ou um pedaço de madeira, e podem ter a função delas. Podem servir como uma arma ou um lugar pra guardar alguma coisa bem escondida, e também podem ser um pedróide pra deitar e deixar cair água do chuveiro na sua cabeça enquanto você fecha os olhos e viaja que está na cachueira.


Derretem-se coisas pra depois a gente se derreter em cima delas.


PET SHOP são essas coisas, quase coisas e não coisas.


Brilhos invertidos, pedróides, quibóides, caixinhas e compartimentos esquisitos.


20 de fev. de 2010

Lazer de Rubi







Escala tonal do vinho, quanto mais veladuras, mais saturado, e mais tempo o pigmento permanece no papel. Na escala abaixo, três vinhos são testados, revelando sutis diferenças entre uma e outra marca. esses vinhos custam de 15 a 40 Reais a garrafa, são vinhos bons de beber. Parte do vinho é consumido em sua forma clássica, gerando os efeitos desejados, enquanto que, ao sabor do torpor as pinturas são trabalhadas. Assim que o vinho é aplicado ao papel, as cores se apresentam em uma gama entre cinzas, roxos e rosados. Depois que começam a oxidar, apresentam tons alaranjados e castanhos. Com o tempo a imagem vai ficando mais clara, dependendo da forma como for conservado e da exposição à luz. Abaixo, um segundo exemplo de escala tonal, pintado em um papel Fabriano.

19 de fev. de 2010

Colméia



escultura feita com pele do interior da boca e bochechas, extraída por mordidas, secam na forma de um ninho ou uma cuia. quando a saliva, desses fragmentos de mucosa, seca, fica dura como um couro. foi apresentada em uma exposição coletiva a esculturinha em um pequeno compartimento redondo com tampa de vidro, iluminada individualmente, ao lado de um aparelho de dvd 7', que transmitia o video de como era feita a peça.

18 de fev. de 2010

caixinhas de La Rocque

à esquerda, um dos utilitários desenvolvidos a partir da técnica das caixinhas de la rocque. adicionando uma tampa extra de plástico pet transparente, pode-se proteger da umidade a seda de rolo, que sai pela fenda na tampa de alumínio. a parte de plástico também serve como guilhotina para cortar a seda no local certo sem rasgar.



oficina de coleta, aproveitamento e reutilização de alumínio de latas de bebidas.
Torrão do Matapi, AP, 2006.
a convite da ONG Rede Povos da Floresta






design desenvolvido em 1998, para guardar pequenas coisas tais como comprimidos e outros.


caixinhas de alumínio feitas a partir de chapas extraídas de latas de refrigerentes e cervejas. desenvolvi esse design com 18 anos, desde então eu faço as caixinhas com quase toda lata de meu consumo e as dou a amigos e pessoas que conheço no dia a dia.

já foram presenteadas cerca de 3000 pequenas caixinhas, somente a pessoas queridas, nesses 12 anos de existência dessa invenção.

pretendo criar peças usando as caixinhas como módulo para revestimento, o que criaria um efeito de brilho metálico polido e segmentado, tal como uma jóia.

17 de fev. de 2010

Barata de Ouro



stills do vídeo "inversão de valores", 2004



baratinha folheada


baratinha de ouro
guache sobre papel paraná e papel colorido
12x8cm
2008


nota carimbada; dinheiro repugnante

One of my first works which I consider an art object in its integrity is the Golden Cockroach (Barata de Ouro). I used to search for roaches on the darkest streets of Lapa, and painted them gold using golden enamel, and I had the attention not to paint the wings nor the stomach so as not to kill the cockroach. "I am not doing harm for the roaches, I'm just making them shine as stars", as I said in the video "Inversão de Valores", in which I show how the roaches are painted and how they shine beautiful.
After painting them, I sold them for R$1,00. Some artists, such as Marcia X, Edson Barrus and Aimberê Cesar. They took the piece home and fed, taking care so it would not die very soon. One french photographer bought one of them and took to France, later she laid the little plastic transparent box containing the golden roach at Pérre Lachase cemetery, close to Jim Morrison's grave.
The second part of this work was when I made a rubber stamp and printed black cockroaches on the surface of Real bills, and put it back on the streets buying stuff with them. The intention was that the bills were not accepted, as the person who was receiving the bill doubted about the value of it.


emails from people who had received the painted cockroach by sedex, and the instructions from email.